Profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Oeiras participaram nos dias 21 e 22 de agosto da 3ª Oficina de Implantação da Vigilância do Óbito com menção de Tuberculose, realizada no auditório do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em Teresina. O município de Oeiras esteve representado pelo coordenador municipal de Vigilância Epidemiológica, enfermeiro Miguel Ribeiro, e pela coordenadora municipal de Controle da Tuberculose, enfermeira Jéssica Cavalcante.
Miguel Ribeiro explica que a tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo bacilo de Koch, que afeta prioritariamente os pulmões. “A tuberculose é um problema de saúde pública no Brasil e também prioritário. É uma doença de notificação compulsória, ou seja, ela tem que ser informada, diagnosticada, tratada, acompanhada e encerrada dentro de um prazo hábil”, informa o enfermeiro.
Na oficina, foram capacitados os profissionais que trabalham nos municípios com o programa de controle da doença para a implantação da vigilância do óbito. “Discutimos, principalmente, o protocolo de vigilância do óbito em menção à tuberculose, trabalhamos o sistema de informação em mortalidade, definimos causas pós-óbito, para depois do óbito fazer essas investigações. Quando se traz isso para o município de Oeiras, observamos que os gestores tem se mostrado muito sensíveis a esta causa e, para tanto, eles têm dado os instrumentos para que a vigilância se torne mais ativa, têm nos dado condições necessárias para o desenvolvimento das nossas atividades”, detalha Miguel Ribeiro.
Ele explica que o propósito agora é reduzir a transmissão do bacilo da tuberculose na população de Oeiras, por meio de ações que possibilitem o diagnóstico precoce da doença. “A preocupação não deve ser apenas com a pessoa que está com tuberculose, mas também com as pessoas que têm contato com ela. Para isso, todas as equipes da Estratégia Saúde da Família serão instrumentalizadas com estas informações. Estamos adequando todo o material à nossa realidade para repassar para as equipes, através de reuniões, visitas às UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e encontros com os enfermeiros responsáveis por cada equipe, já que são eles que estão na linha de frente na detecção, no tratamento e acompanhamento destes casos”, acrescenta o coordenador municipal de Vigilância Epidemiológica.
“A implantação da vigilância tem como objetivo melhorar a qualidade da informação sobre as causas de morte do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) e no Sistema de Informação de Tratamento Especiais de Tuberculose (SITE-TB), possibilitando a identificação dos determinantes de ocorrência do óbito e propor medidas para subsidiar ações de controle com intuito de melhorar a assistência a pessoa com tuberculose”, afirma a coordenadora municipal de Controle da Tuberculose.
Em junho, os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Oeiras participaram, em Teresina, de uma capacitação em Manejo Clínico da Tuberculose em Adultos, ministrada por técnicos do Ministério da Saúde. O evento reuniu profissionais de saúde de diversas cidades do Estado. Na ocasião, foram discutidos o novo manejo para enfrentamento da doença, o perfil epidemiológico do Estado do Piauí e dos municípios presentes, experiências vivenciadas, dentre outros assuntos relacionados.