A atuação do Serviço de Inspeção Municipal – SIM evitou a comercialização de mais de 02 toneladas de carne imprópria para o consumo, nos primeiros seis meses de 2019, em Oeiras. O número é resultado de um levantamento feito pelo órgão, no Matadouro Municipal para Animais de Pequeno Porte, local onde ocorre o abate regular de caprinos, ovinos e suínos, resguardando as medidas sanitárias necessárias para garantir carne saudável para a população do município.
Vinculado à Secretaria Municipal da Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o SIM de Oeiras foi inaugurado no final de 2017 e é responsável pelo controle da qualidade dos produtos de origem animal, monitorando e inspecionando a sanidade do rebanho, o local e a higiene da industrialização e certificando com selo de garantia carnes e derivados. Entre os trabalhos desenvolvidos pela equipe do Serviço de Inspeção está a verificação no ante mortem até o post mortem de toda a carcaça dos animais.
“O animal que vai para o abatedouro municipal é inspecionado ante mortem e post mortem por um profissional qualificado. Essa carne que sai do abatedouro e vai para ser vendida ao consumidor é uma carne de qualidade. Então, quando for comprar produtos para a família o consumidor deve observar se tem o carimbo do Selo SIM, porque, com certeza, o animal que foi inspecionado está livre de muitas doenças. Já condenamos e tiramos de circulação vários animais que, certamente, iriam para mesa do consumidor. O Serviço de Inspeção monitora, diariamente, o abate desses animais, para que cheguem com qualidade à mesa do consumidor”, explica João Carvalho, técnico da Vigilância Sanitária e coordenador do SIM em Oeiras.
O médico veterinário, Jefferson Luís, acrescenta que a função do Serviço de Inspeção Municipal é fazer com que o produto, no caso a carne, chegue até o consumidor sem nenhum risco à saúde pública. “O papel do SIM é proteger a população de ingerir alimentos de origem duvidosa, como animais possam causar algum tipo de doença. Essas contaminações alimentares são sérias e geram muitas mortes por ano”, alerta o profissional.
Neste processo, os veterinários realizam várias as linhas de inspeção onde há a verificação de possíveis lesões ou contaminações da carne. O médico veterinário informa que, este ano, cerca de 120 animais tiveram a carne condenada e considerada imprópria para o consumo humano, no Matadouro Municipal. A inspeção higiênico-sanitária é fundamental para preservação da saúde pública, proporcionando à população o acesso a alimentos seguros, reduzindo os riscos de transmissão de zoonoses (doenças transmissíveis entre animais e os homens) e de infecções alimentares, que podem causar desde pequenos transtornos até a morte.
“Só este ano, já são 120 animais tirados de circulação, que poderiam estar causando problemas de saúde à população. Problemas como tuberculose, salmonelose e parasitose. Então, as condenações acontecem proteger a saúde da população. Estamos preservando a população e quem comercializa a carne”, argumenta Jefferson Luís.
Abate clandestino de carne pode causar riscos à saúde pública
A carne abatida de forma clandestina não passa pela inspeção do SIM e dos demais órgãos responsáveis pela fiscalização da produção industrial e sanitária dos alimentos. Com isso, essas carnes vão parar na mesa das pessoas com contaminações e, mesmo sendo lavadas ou escaldadas, podem levar os consumidores a adoecerem.
O trabalho do SIM tem o objetivo de assegurar que seja ofertada à população carne inspecionada e de qualidade garantida e ainda conscientizar a sociedade sobre os riscos do consumo de alimento sem procedência e inspeção, problema que ainda persiste em Oeiras, apesar de o Serviço de Inspeção está em funcionamento há quase dois anos.
“A população precisa ter a consciência de não comprar carne de origem duvidosa e consumir somente alimentos que tenham a fiscalização e o selo do Serviço de Inspeção. Assim, é possível evitar o risco de comer carne sem garantia de origem, que pode fazer a pessoa adoecer ou até mesmo morrer. Vindo de locais que tenham a inspeção municipal, estadual ou federal, o alimento traz mais segurança ao consumidor”, conclui o veterinário, Jefferson Luís.