As cascas de cocos consumidos em Oeiras estão ganhando uma nova finalidade. Através da Gerência Municipal de Meio Ambiente (GEMA), a Prefeitura está investindo na reciclagem do fruto para a produção de substrato para plantas e alimentação para animais. Além de reduzir o descarte inadequado de resíduos sólidos no meio ambiente, a iniciativa proporciona uma nova alternativa de geração de renda no município.
O coco verde é recolhido em agroindústrias e estabelecimentos comerciais da cidade e levado para uma unidade de beneficiamento, implantada na Central de Reciclagem. No local, acontece o processamento das cascas de coco, que são trituradas e, em seguida, armazenadas. Depois, a fibra é utilizada como adubo para plantas em canteiros públicos da cidade e produção de mudas nos viveiros municipais.
Adriano Ferreira, gerente municipal de Meio Ambiente, explica que, quando descartado em aterros, o coco verde favorece a proliferação de vetores de doenças, contaminação do solo, além da inevitável poluição da paisagem urbana. “Após a passagem pela trituração, o material vai para ruas, avenidas e praças da cidade para servir de adubação verde, cobertura morta, retendo mais água e eliminando as plantas daninhas. Com isso, tiramos do meio ambiente milhares de cocos, que trazem problemas de saúde pública, como o armazenamento de água, quando chove; poluição visual e excesso de matéria orgânica. Ele serve para alimentação animal, substrato para mudas e cobertura morta”, argumenta.
Além do coco, a GEMA está realizando também o recolhimento e reaproveitamento dos resíduos de podas de árvores domiciliares, que são triturados para compostagem e transformados em adubo natural. “O cidadão oeirense faz a poda da sua árvore, solicita à Gerência de Meio Ambiente o recolhimento dessa poda, no intuito desse material não secar na rua ou que o morador venha a tocar fogo. Então, a gente pega essa poda ainda verde, faz a trituração dela na Central de Reciclagem e ela vai servir como substrato para mudas nativas, cobertura morta e adubação verde”, acrescenta Adriano Ferreira.