Agentes comunitários de saúde, enfermeiros e agentes de endemias participaram nesta quinta-feira, 23, no auditório do Centro Diocesano, de uma capacitação sobre a Mucopolissacaridose (MPS) – doença genética rara, crônica e progressiva, causada pela deficiência ou ausência de uma enzima no corpo.
A capacitação foi promovida pela Prefeitura de Oeiras, através da Secretaria Municipal de Saúde, em parceria do Hospital Infantil Lucídio Portela e o laboratório Shire. “A pessoa que tem essa doença já nasce com ela, não é uma doença que desenvolveu depois de nascido, não é contagiosa, porém é uma doença rara e hoje já existe tratamento para algumas formas da dela”, explica a enfermeira Regilane Dantas, do Hospital Infantil, mediadora da capacitação.
Regilane Dantas destaca que o objetivo da capacitação é transmitir conhecimentos para que os profissionais de saúde conheçam e identifiquem o mais precocemente possível a síndrome na população. “Os agentes comunitários de saúde entram na casa dos pacientes, na casa das famílias e têm esse contato direto. Temos a experiências de pacientes que passaram por vários profissionais de saúde e a doença passa despercebida. Ano passado, temos um índice de oito crianças que foram diagnosticadas com mucopolissacaridose do tipo 2. Deles, três foram diagnosticadas por médicos e cinco encaminhados pelo agente comunitário de saúde”, ressalta a enfermeira.
No Piauí já foram diagnosticados vários casos da doença. O tratamento é realizado no Hospital Infantil Lucídio Portela, em Teresina, e consiste na reposição da enzima que está deficiente no organismo. Isso é feito por meio de infusão intravenosa no paciente, a cada semana.